Esse título não é de um remake de baixo orçamento de uma comédia “hollywoodiana“.
Eu queria realmente dizer que não temos um piloto, mas sim, temos um piloto na presidência.
Eu nunca expeli uma pedra, nem tampouco tive um filho, mas já vi partos de crianças e de pedras, e hoje, assim como me compadeci das dores dos envolvidos, hoje eu sinto essas dores.
Parece que nosso atual presidente saiu de um filme do Leslie Nielsen, contracenou com Eddie Murphy, Fez flexções com Didi Mocó, e possui a sociabilidade do Sargento Pincel.
Não posso dizer que não temos um presidente, pois temos. Se ele é o melhor, obviamente que não, tenho colegas de trabalho que seriam mais capacitadas a governar o país mesmo tendo até a quarta série.
Quer um exemplo? Um parente seu, com certeza na quarta série, tinha mais conhecimento e habilidade matemática do que nossos adolescentes na oitava série. Mas este não é o motivo de escrever hoje.
Hoje eu simplesmente não consigo aceitar uma manifestação de apoio ao presidente em tempos de pandemia, de orientação para evitar lugares com muitas pessoas.
Olha o cenário, em nosso estado, foi declarada emergência. Em nossa cidade (Juiz de Fora) tivemos um caso confirmado, e mais uma dezena em suspeita. E esses são os números “oficiais”.
O cúmulo do absurdo é que temos um presidente que tem usado a propaganda do remendo novo em pano velho.
No twitter sempre vemos as fotos de aslfaltos sendo recapeados, emendados, e com a relação de que “Estamos enxugando as despesas do estado, privatizando setores e economizando para investirmos em INFRAESTRUTURA” – GRIFO MEU – mas a pergunta que fica é: Infraestrutura para quem?!
Temos um governo que alimenta os tios e tias do zapzap e assim, familias, grupos religiosos e artistas se rendem a essas propagandas que só escondem o sol com a peneira.
Mas isso é fruto de outra situação que prova que temos um piloto, meio que em processo de KAMIKAZE mas temos.
A propaganda do governo é pessoal, e seu enfoque na divulgação por menssagens é para que os nossos, titos, pais, avós que ouviram de nós que a internet tem tudo, e que o mundo estaria na palma da mão deles, os fez assimilarem que o que chega em suas telas é a verdade.
A televisão já não é o meio confiável de informação, ela foi, por décadas, hoje não é mais.
Esse fenômeno do qual o governo se aproveita remete à desfragmentação do conhecimento oriunda das redes sociais, os dados e as percepções que viabilizam o crescimento da “pós-verdade” e da política “pós-factual”, isto é, debates políticos menos atrelados aos fatos e mais ligadosnaos achismos, às circunstâncias efêmeras e à falta de rigor estatístico. De repente, todos os brasileiros se julgam especialistas em assuntos políticos e econômicos.
Conversar sobre achismos é destruir a realidade das questões políticas
e criar uma ficção que nos agrade. (Trecho de Brasil Polifônico)
Não temos mais tempo ou intenção de debater e construir um conhecimento comum e saudável, apenas seguimos um dos lados e com vergonha, não olhamos para trás, pois em época de cancelamento, que se arrisca a dizer que errou ao escolher um lado?
O pilo então, não sumiu, mas se projeta para um suicidio coletivo, ou melhor, ele se projeta para um ataque em massa, contra a sociedade que ele deveria proteger, prosperar, motivar, e levar esperança.
Me parece que o papel da esperança, da desconstrução das bases obsoletas, será relegado então às isntituições não governamentas, e a religião.
Mas o que fazer quando essas instituições que deveriam se posicionar como centro de justiça, de compaixão, de amor ao próximo, se aliam ao desgoverno? Esse é um papo para outro dia.
Kariston França é apaixonado por pizza, e nas horas vagas atua como entusiasta da teologia pública.
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