Num presente não tão distante, Anunciado pelo som de um berrante, Nascerá, de bem perto, um levante. Será dum grupo marcado pelo seu semblante. Nele estarão uns tais fiscais da produtividade (Ou pode chamá-los donos da verdade), Que virão, a serviço de uma sociedade, Questionar se arte tem alguma utilidade. Cerão ceres de extrema inteligência. Sensores atentos a qualquer impertinência. Toda produção há de ter muito mais valor. Como não pretendo ser um esquerdista exilado, Deixo logo meu útil recado ao futuro leitor: Tome cuidado quando for beber água deitado
Guilherme Couto é uma pessoa jovem. Ele crê que, em toda parte, há arte.
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