A série “Transeuntes” reflete sobre o indivíduo que, ao transitar por diversos espaços, acaba por modificar a si mesmo. Sobre como, no final, todas as experiências adquiridas e formas de ser vividas serão chaves para seu próprio entendimento como ser humano.
A experimentação em busca de superfícies com qualidades táteis é feita utilizando papel, tecido e gesso. Metaforicamente, a intersecção desses materiais representa os cenários aos quais o individuo é exposto. Dessa forma, os flagelos e desgastes no algodão exercem o papel dos traumas e dificuldades. Esse suporte, então, é atravessado por traços em carvão que, ao utilizarem a linguagem linear, definem, através de contornos, os traços de uma forma humana. Nas áreas do corpo que incidem sobre o tecido, a figura torna-se representada de forma pictórica com a utilização de tinta a óleo.
Maurício Hilgert é natural de Novo Hamburgo (RS). Enquanto artista, explora as formas de expressão e criatividade através de trabalhos que vão desde o design até as artes plásticas, transitando entre as técnicas de pintura clássica e a desconstrução do processo trazido pela contemporaneidade.