O bate-papo online contará também com a presença de duas mães refugiadas e de uma representante do ACNUR. O objetivo da ação é arrecadar recursos para continuar apoiando mães refugiadas e suas famílias no Brasil e no mundo.
Colo de mãe é o lugar mais seguro do mundo, certo? Nem sempre. Mães refugiadas muitas vezes não conseguem garantir a segurança dos seus filhos – pois nem elas mesmas estão seguras. Para tratar do tema, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) realiza no dia 19 de maio, às 18h, um bate-papo virtual com a atriz e apoiadora de Alto Perfil do ACNUR Leticia Spiller e duas mães refugiadas.
Apesar de todas as dificuldades, Lucia Loxca, da Síria, e Marifer Vargas, da Venezuela, estão reconstruindo suas vidas no Brasil e oferecendo um futuro de esperança aos seus filhos. O encontro conta ainda com a participação de Natasha Alexander, chefe da unidade de parcerias do ACNUR no Brasil, e será transmitido nas páginas do ACNUR no Facebook e Youtube e no perfil de Leticia Spiller no Facebook. O objetivo da ação é arrecadar recursos para continuar apoiando mães refugiadas e suas famílias no Brasil e no mundo.
“Os trajetos por que passam essas mulheres podem ser extremamente perigosos, e muitas mães têm que tomar a difícil decisão de levar ou deixar suas crianças. Mães deveriam ser refúgio, não refugiadas. Não podemos deixá-las de lado”, afirma Leticia Spiller, que desde 2019 atua na conscientização sobre a causa dos refugiados. “Ao redor do mundo, ações para proteger essas mães podem ser intensificadas por meio de doações à Agência da ONU para Refugiados”, complementa.
“Muitas mães dão à luz no trajeto de fuga ou em um país estrangeiro, inclusive em abrigos ou campos de refugiados. Um dos principais fatores da mortalidade materna infantil é a falta de acesso a cuidados de saúde durante a gestação e o parto. Mesmo em situações de vulnerabilidade, o ACNUR trabalha para garantir que o colo de mães refugiadas voltem a ser o lugar mais seguro do mundo”, enfatiza Natasha Alexander.
Lucia Loxca é de Aleppo, na Síria, e trabalha como arquiteta. Ela também é uma das vozes da banda Trio Alma Síria. Lucia vive no Brasil desde 2013 e tem dois filhos que nasceram em Curitiba. Já Marifer Vargas nasceu em Macaray, na Venezuela. Lá, era professora de história e geografia, e agora trabalha na Caritas de São Paulo como consultora em empreendedorismo. Vive no Brasil desde 2017 e mora em São Paulo com seu marido Carlos e a filha Miranda.
Durante o mês de maio, o ACNUR promove a campanha “Mãe deve ser refúgio, não refugiada”, apresentando ao público brasileiro as inspiradoras histórias de mães deslocadas da Síria, Iêmen, Mianmar, Moçambique e outros países. Cerca de 50% da população deslocada do mundo é formada por mulheres. Além do forte trauma psicológico de precisar fugir de seu país, elas enfrentam perigos adicionais em seu trajeto em busca de segurança: violência física e sexual, dificuldade de inserção no mercado de trabalho e separação de suas redes de apoio.
Conheça as histórias de mães que fizeram o impossível para garantir a segurança dos filhos
Matéria originalmente publicada em Nações Unidas Brasil em 05/05/2021 – Atualizado em 05/05/2021.
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