SOBRIEDADE

Sempre me senti pouco sóbria

Corri pelas sombras do acaso
Flutuei em personalidades diversas
Entorpecida pelo que eu era
(sinto saudades do que eu sou)

Sempre tive medo de mim
Tão intensa e lógica
Me vi num labirinto de "eus" loucos

Olhei pros lados
e havia carros
que me ignoravam, ninguém me atingia
(não me notavam)

A sobriedade... Seria utopia?

Sou mutável e sigo homenageando a impermanência da vida
Sou adaptável (instável?)
Sabe deus o que me espera!
  
Sou a fluidez sólida
Que recita as belezas de uma vida não tão bela
Que se pega perdida em devaneios
e se lança em voo livre pela janela!

Ariane Bertante é poetisa. Pensa que escrever é a arte de se expressar, e de outra maneira não sabe ser: Escrever é sua forma de amar (e odiar). Ela bebe um vinho ou um café, sonha com sonetos e canções para o leitor exausto e eufórico se deleitar em devaneios (eternos devaneios).


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *