Às vezes é bom deixar fluir o que não se pode controlar Às vezes a falta de ação é a ação que nos impede de errar Às vezes os "nãos" da vida só vêm pra nos ensinar E nós, tolos, buscamos, razões pra não aceitar É que somos crianças mimadas sem idade pra rolar no chão Somos um comboio, não só de cordas, mas também de frustração É que somos tão imaturos que queremos realização de todos os desejos, ocultos, que causam alucinação Às vezes a dor que corta é a mesma que conserta Às vezes a palavra torta é a que nos faz andar em linha reta É preciso jogar o orgulho fora Parar de cozinhar a emoção Viver nu e também cru do ego e sua manifestação É que não podemos perder mais uma encarnação Oportunidade implorada pra busca da redenção Não estamos sozinhos (nunca) no caminho da evolução Às vezes é preciso a luta pra entender que nada é em vão!
Ariane Bertante é poetisa. Pensa que escrever é a arte de se expressar, e de outra maneira não sabe ser: Escrever é sua forma de amar (e odiar). Ela bebe um vinho ou um café, sonha com sonetos e canções para o leitor exausto e eufórico se deleitar em devaneios (eternos devaneios).