amar e amanhar a terra
nutrir a erva e arrancar a hera
não dá certeza de manhã verde
nem de tarde dourada
a erva seca
porque o tempo seca
seca a erva
seca o rio
que caricia teu pé
seca ‘té teu olho
berço d’água
secou cada vale
entalhado nesse rosto meu
e vai secar a ferida que te abriu
mas amanha a terra
nutre a erva e arranca a hera
e ama – que o plantio já é colheita
e quando o tempo secar
‘cê ‘inda vai ter o fogo
que o fogo o tempo não seca
deixa o fogo ser fogo
e devorar erva e hera
e desnudar a terra
cuida não olhar
que olho dói dor que não cabe no corpo
a terra nua e quente
com a voracidade que a miséria ensina
acolhe a vida que chega
depois do tempo
da indesistência
‘cê vai ver floresta nessa terra
Eduardo Pacheco Santos é psicólogo clínico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, na literatura, um iniciante.
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Métrica bem elaborada para um autor iniciante, como se define. Parabéns!!!33👏👏👏