O Núcleo de Cidadania de Adolescentes ajudou Solange a conseguir o primeiro emprego.
“Eu passei mesmo? O emprego é meu?” Foi com um choro de alegria que Solange Sampaio, de 20 anos, recebeu a notícia de que havia sido aprovada em seu primeiro emprego: uma vaga de jovem aprendiz em uma empresa de ferramentas motorizadas na cidade de Benevides (PA), onde mora com a mãe e a irmã mais nova.
A emoção não era por nada. O caminho até ali havia sido árduo, cheio de percalços. Mas a aprovação mostrava que seus sonhos não só eram possíveis, como estavam, sim, ao seu alcance. A jornada até a aprovação começou em 2022, quando Solange tinha 18 anos e havia acabado de se formar no Ensino Médio. Era hora de pensar em qual seria seu próximo passo. Mas ele não parecia nem tão claro, nem fácil de alcançar.
“Eu tinha terminado a escola e sabia que não teria condições de pagar uma faculdade particular. Mas também não imaginava conseguir ir para uma faculdade pública. Tudo isso parecia muito longe para mim.”
Foi aí que as oportunidades começaram a surgir e permitir que Solange desse seus primeiros passos para construir esse futuro. A jovem pôde se matricular em um cursinho pré-vestibular gratuito, oferecido pelo município. Lá, ela começou a se envolver com uma iniciativa de participação cidadã de adolescentes e jovens que acabava de ser criada em sua cidade: o Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA), grupos criados por municípios, como Benevides, que participam do Selo UNICEF.
Fazendo parte do grupo, Solange conta que uma verdadeira “chama” começou a se acender nela. “Lá eu comecei a ter um direcionamento. A gente conversava sobre o futuro, sobre o que queríamos fazer, e foi lá que me avisaram dos cursos estavam sendo oferecidos”, conta ela.
Em parceria com o 1 Milhão de Oportunidades (1MiO), iniciativa do UNICEF para promover oportunidades de ensino e trabalho decente para adolescentes e jovens, o município de Benevides também estava ofertando capacitações. Matriculada nos cursos, Solange dava ainda mais passos para conquistar aquilo que sonhava:
“Eu fiz curso de informática, de dicção e oratória, de empreendedorismo feminino… E eles fizeram toda a diferença, porque antes eu não tinha experiências para incluir no currículo. Eu não estava preparada para que uma empresa visse que eu era uma jovem com habilidades.”
Para gerar oportunidades para jovens em situação de vulnerabilidade social em mais de 1.800 municípios do País, o 1MiO conta com as parcerias estratégicas da Accenture, Iberdrola, Microsoft, Silatech, BMW e Fundação Arymax.
Oportunidades
Cerca de um ano depois, a primeira conquista ia mostrar o resultado desse esforço. A jovem foi aprovada na Universidade Federal do Pará, no curso de Produção Cênica, e se tornou a primeira pessoa da família a cursar uma universidade pública. Mas não parou por aí: alguns meses depois da aprovação na faculdade, Solange pôde se candidatar para uma vaga de jovem aprendiz.
E o conhecimento que havia acumulado antes, nas capacitações, se provou ainda mais importante – e permitiu que ela conseguisse seu primeiro emprego, sem ter que largar os estudos:
“Quando eu cheguei para fazer a entrevista de emprego, eu já me sentia totalmente preparada. Já sabia o que falar, como agir em um trabalho. Eu recebi as ferramentas, né? Para trilhar o meu caminho. E aí, felizmente, recebi essa oportunidade.”
Solange estava no último dia de sua experiência como jovem aprendiz quando foi entrevistada pelo UNICEF. E seguia estudando, já no segundo ano da sua graduação. “Agora, eu me sinto mais segura para ter um emprego. E isso é muito importante para o jovem crescer, para depois conseguir um trabalho fixo, continuar minha faculdade, ajudar minha família”, diz.
Ela também segue engajada com o grupo de participação juvenil da cidade. Em 2024, passou a ocupar um papel ainda mais importante: foi eleita como uma das representantes do Núcleo Jovem no Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) do município, instância que discute e implementa as políticas de direitos da infância e da adolescência nas cidades. Lá, ela espera ser uma referência para outros jovens.
“Eu tento mostrar essa força da juventude, porque o jovem tem opinião. Nós vemos os problemas da sociedade e queremos ajudar.”
E isso se aplica não apenas à participação no Conselho, mas a todas as outras oportunidades que a fizeram começar um caminho de sucesso no trabalho – e na vida. “Muita gente só precisa de uma oportunidade. Ainda mais em locais como onde eu moro, que é uma área periférica, que sofre com muita criminalidade… muitos jovens daqui só precisam dessa consciência que que podem, sim, fazer o que sonham. Assim como eu, eles também podem conseguir”, afirma.
Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite as páginas do Selo UNICEF e do 1 Milhão de Oportunidades.
Artigo retirado do portal ONU Brasil no dia 09/10/2024
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