A obra Todo Jardim é um Cemitério Secreto, vem de uma pesquisa que iniciou-se em 2020 sobre a relação entre o mundo funghi, ecologia, decomposição, corpo e morte durante minha graduação no curso bacharel em Artes Visuais, e como podemos ressignificar a morte de uma forma poética e em uma perspectiva sensível através desse dialogo entre as temáticas. Durante a graduação, fiz uma pesquisa particular em ecologia, logo depois relacionei a sociologia na arte, e fui conectando com os outros assuntos, criando uma trama para desenvolver essa primeira obra da minha pesquisa. A morte sempre foi um assunto considerado tabu a ser discutido ou mesmo refletido sobre, porém, acredito que podemos ressignificar esse último ato de respiro do corpo como algo sensível e importante, pois todo corpo que morre, se decompõe e com seus nutrientes outras vidas nascem a partir daquela que se foi. Se tornando, dessa forma, um ciclo de vidas que não acabaram, mas se transformaram. A partir desse raciocínio e poética, trouxe como relação o trabalho essencial que os cogumelos, fungos e botânica tem para que esse ciclo seja completo. O ponto crucial que trouxe a vida essa criação foi a optativa que efetuei em 2023 de ecologia e sociologia na arte, dada por Mario Seretta na EMBAP – UNESPAR, onde o projeto final era produzir uma obra que se relacionasse aos assuntos dado em aula, e por minha pesquisa já ser sobre esses questionamentos da ecologia, acredito que foi o estimulo necessário para que a obra saísse dos inúmeros papeis escritos e recheados de rascunhos. O processo criativo foi juntar toda a pesquisa teórica com os estudos de ilustração cientifica que desenvolvi ao longo dos anos, e somando com a optativa que laceou perfeitamente essa jornada, para a partir disso a obra nascer e florescer na tela com pinceis e nanquim. Pretendo com essa criação, propor uma reflexão e dialogo, sobre o papel essencial da natureza em relação a não só ao nosso respiro mas o da terra, e como a morte pode ser algo a ser ressignificado se transformarmos essa ótica de “o fim”, para uma “continuação” de um ciclo infinito.
Ímpar é ilustradora e artista visual, tem 23 anos e reside em Curitiba – PR, desde 2020 cursa o bacharelado em Artes Visuais na EMBAP – UNESPAR onde começou a desenvolver sua veia artística. A artista utiliza o nanquim e bico de pena como seus materiais principais para a criação de suas obras, e tem uma pesquisa artística sobre o dialogo entre a ecologia, decomposição e a morte, buscando uma ressignificação poética e sensível sobre o assunto. Suas maiores referências estão entre os artistas do obscuro como Odilon Redon, Goya e Remedios Varo, mas também traz na sua bagagem inspirações de artistas da Era de Ouro da Ilustração como Harry Clarke e Beatrix Potter. É conhecida e assina na internet como Plante meus Ossos, onde criou uma comunidade que acompanha e apoia seu trabalho nas redes sociais a partir desse selo. Fez parte de exposições coletivas na Galeria Oposta e na Galeria Alfaiataria, participando também de feiras como Mamute, Bienal de Quadrinhos, El Cabriton, Motim e entre outras. Atualmente ilustra contos escritos por Fabricio Vaz Nunes no site literário O Baile.
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