[EXPOSIÇÃO VIRTUAL] OB-SUBJETIVO

Embrenhar-se em um espaço particular e nele encontrar outras cores, formas e mundos. Esbarrar com seres que existem alhures ou tipos totalmente inventados; e, não menos, sussurrar elementos reais
e trechos da vida cotidiana -a cidade, o sertão, o mar, o mundo.

Por meio de alegorias, ficções e também pedaços da realidade, João Munhoz tece um ambiente próprio, habitado por criaturas reais ou imaginadas, em um jogo que borra os limites entre narrativas ficcionais e documentais. À realidade ela mesma, Munhoz adiciona o imaginativo, acrescentando nuances e tonalidades, afim de fazer nascer o novo, ver borbulhar alternativas. E se às vezes Munhoz grita através da força de cores em acrílica, para implodir nosso caminho diário de certezas, às vezes também silencia e nos convida para dançar em aquarela. Tem momentos, ainda, em que incorpora as linhas da cidade com nanquim, fazendo novas leituras sobre o caos e o concreto dos nossos dias.

Conforme navegamos pelas obras, a afirmação criativa de Munhoz torna-se mais evidente, pouco a pouco: descrever o mundo é enxergar a partir de lentes. É trazer subjetivo e objetivo enlaçados, a revelarem heranças culturais, sociais, familiares, íntimas, poéticas – que podemos observar, como testemunhas de uma cartografia única, no conjunto a seguir.

(clique em cada obra para vê-la em tamanho completo)


João Munhoz é artista latino-americano, brasileiro, homem cis, branco e gay. Iniciou o caminho nas artes em 2017, ao acaso, quando morava em Buenos Aires. Em 2020, já de volta ao Brasil, estruturou um trabalho mais vigoroso e constante, sobretudo em tela e tinta acrílica. Pesquisas em torno de questões de identidade têm destaque em seu trabalho, que também abarca experimentações em textura, cor e contraste.


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