Ao refletir sobre a precariedade da memória como uma experiência distinta, percebo que é possível gerar outros tempos, com fragmentos do que ainda existe. Se criar a cura é criar nova vida, escolho então, existir em outras temporalidades e no espirito que expande o corpo físico.
A água aglutina aquilo que pode ser esquecido, onde os tempos se expandem, tal qual como lembranças desconexas do passado, presente e futuro. Esse novo tempo é o equilíbrio da cura, em que se colide, se dissipa e se une um ao, no e pelo outro.
Izabelle Louise é indígena Tremembé, artista multidisciplinar e, atualmente, pesquisa memória e cura. Acompanhe seu trabalho pelo Instagram.