Na estrada ao som de Bethânia – Carcará, por Ana Clara Souza
Eu gosto do jeito que Jonas vê o mundo e de todas suas paisagens mentais.
Tumultuar, expandir, bagunçar…
Filho de pais nordestinos, Jonas nasceu em Santa Catarina, é graduado em Relações Públicas na área de comunicação social pela Univali e atualmente reside em Recife. Não faz planos a longo prazo para o futuro mas sabe o que quer e está disposto á ir onde for preciso para continuar em movimento, já que experimentou o gostinho da liberdade aos 16 e desde então continua transitando com sua inquietude.
Técnicas Utilizadas
Como todo bom artista que evoluí suas técnicas, Jonas relata que para ele tudo é muito experimental, utiliza da pintura como principal técnica para se expressar. Utiliza materiais como: tinta acrílica, terra, cola, pigmentos em pó, tíner e o que a renda lhe permite adquirir, não tem apego por materiais caros e exclusivos, acredita na força da ação como impulso para fazer sua arte acontecer.
Gosta de trabalhar com materiais que deixam as superfícies aguadas e que possuem facilidade para expandir criando o que gera a intenção estética impressa de caminhos na superfície plana.
Temática
Ele cria suas memórias afetivas e essas memorias são vivências dos caminhos por ele percorridos, as dificuldades enfrentadas, as alegrias e aprendizados.
Sua temática e estética estão ligadas à figura do caminho.
Processo criativo
O artista relata que as formas estéticas por ele utilizada são básicas mas o significado possuí um sentido bem elaborado com profundidade e movimento.
Refere-se ao seu processo como fora do linear. Diz que não existe uma dinâmica fixa em mente. Tudo o que ele produz é único e intuitivo, mas não de um jeito clichê.
Em suas obras notamos áreas chapadas em tinta que se cruzam tornando-se mais evidentes, ele relata que esses espaços entre as linhas são como breus, lugares para descansar, repousar e pensar, afinal no escuro encontramos o silêncio para refletir.
PALAVRAS CHAVE: Caminhos percorridos, experimentar livremente, materiais não convencionais.
“Caminhos desconhecidos” , por Quarenta e Um
Será que estamos preparados para aceitar as diferenças? Falar da boca pra fora é fácil, mas você ao menos já pensou na vida do outro? Será que você se coloca no lugar do outro?
São muitos caminhos, conhecemos muitas pessoas, criamos laços, mas nem sempre paramos para pensar “como seria um dia na pele de fulano?”.
Por esse caminho longo, confuso, torto, tento descansar nos breus que aparecem por sorte, e fico a pensar em privilégios.
Você pensa nos seus privilégios? De verdade, REFLITA, pois ninguém merece viver numa sociedade que replica uma burguesia tola!
Dor que seca, racha, sangra… dor que me faz abrir os olhos e enxergar o início de um novo caminho.
Uma sociedade cansada, caída, traçando o destino, por entre caminhos desconhecidos, aprendo a construir esse caminho continuo. Vaidoso, domesticado, sozinho porém acompanhado, vivendo e aprendendo a jogar.
Jonas Dias, ou Quarenta e Um, é natural de Itajaí (SC) e reside na grande Recife. Formado em Relações Públicas, desde 2018 desenvolve experimentos artísticos com base em observações de cenas cotidianas, unindo o humano e a natureza. Acompanhe o trabalho do artista pelo instagram.