Essa série de trabalhos se desenvolve a partir dos apagamentos oriundos da dinâmica entre memória e afeto. A série se apropria de diversos elementos extraídos de arquivos familiares, pois busca neles conteúdos com os quais o público possa se identificar. O objetivo é dar corpo a novas memórias que sejam, simultaneamente, alheias e comuns a todos.
Os trabalhos se referem à efemeridade das nossas memórias afetivas, que tão facilmente são contaminadas pela nossa história e estado mental ao longo das nossas vidas e à medida
em que envelhecemos.
Guilherme Borsatto nasceu em 1991 em São Paulo, onde reside e trabalha. Tendo percorrido, desde muito jovem, questões identitárias de gênero dentro de uma família fragmentada, o artista explora a identidade e a memória familiar a partir de suas fragilidades, pois acredita serem elas catalisadoras de experiências coletivas. Seus
trabalhos costumam se apropriar de elementos extraídos de arquivos
familiares diversos, e se desenvolvem em diversas linguagens como a
pintura, a instalação, a cerâmica e o livro de artista.