PROTESTANTE: O POETA REVOLTADO

Desiludidos ou doentiamente apaixonados pela vida, classificamos os meros poetas.

Eles desabafam em versos compostos numa sequência de palavras poéticas, e nos levam a pensar em temas profundos de forma agradável. Assim, a verdade dita em versos poéticos encantou inúmeras pessoas, e a poesia propagou-se por ela mesma.

Já a forma de manifestação dos que optam o microfone faz tremer as linhas de um poeta: eles estrondam (os protestantes) o que acham e proclama a justiça sem aquela formalidade artística, e seus argumentos nos tornam agressivos, seja para o combate, ou contra o que eles nos disseram.

Porém, deixa um protestante de ser um poeta?

Visto que pensa diferentemente, e assim como expõe seus gritos da alma, com a diferença que sua maneira é clara, direta, verdadeira. Talvez a mesma mensagem dita por um protestante e que incômoda for, seja agradável quando poeticamente escrita. Portanto, o que há de ser dito de tão importante que até as suas maneiras estamos discutindo? A verdade.

A verdade que o poeta vê de um jeito, e a que um protestante vê de outro, e assim por cada personalidade, que a manifesta como quer. Nós destacamos a poesia e o protestantismo, pois, a meu ver, são as mais curiosas formas de dizer algo. E pensa-se: o protestante que nada guarda diz e logo se livra de tais palavras que o angustiaram? Enquanto o poeta, sofre, pois além de se preocupar em dizer algo, quer conquistar leitores, traduzir a dor e o sentimento da sua alma, e assim, a sua poesia nos sensibiliza, consequentemente, nos torna mais compreensíveis para com a vida.

O poeta vê a falta de amor e amorosamente nos comunica.

Porém o protestante quer mais do que isso, ele quer nos alistar à guerra, exercitar os nossos neurônios ao problema que ele ressaltou, e nos levar a tomarmos atitudes. Isso não faz o protestante superior, assim como o poeta não se torna mais importante.

Por fim, nesse texto qual o objetivo é só te fazer pensar, fica a seu critério pensar de qual maneira uma mensagem comove mais: de um humilde sofredor da nossa cegueira em versos educados, ou da mesma pessoa, porém transfigurada em alguém que não quer conversa, busca a solução como um poeta pela poesia perfeita; sendo que o protestante não deixa de ser um, porém, por sua admiradora coragem de manifestar-se ao mundo, torna-se o poeta revoltado.


Breno Roque tem vinte e sete anos e escreve desde os seis. Está publicando sua obra Dia Livre pra Sorrir. Paulista, é bacharel em Direito.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *