Ao começar a escrever este artigo, refleti sobre a sensibilidade, conexão com a natureza, e na força sutil, porém inabalável da mulher e na sua essência. Todas as nossas memórias guardadas, incluindo as estações e a colheita das sementes em que cada ciclo foi espalhado, o maternar que se inicia no gestar e vai construindo seres humanos para torna-los um só nessa jornada.
Com a capacidade de ir moldando caminhos e histórias com uma sabedoria, simplesmente honramos o templo sagrado feminino, conectamo-nos com nossas raízes internas e conscientizamo-nos de que a mulher é cocriadora do nascimento da humanidade, uma espécie de grande mãe universal, com receptáculo gerador da vida, abraçando a humanidade dentro de si.
A velha emoção de perturbação, o velho sofrimento, violência, abusos, cobranças, dores e fardos ainda são acumulados, perpetuados e muito vívidos, tornando mais árdua e sofrível a longa peregrinação, e nessas ondulações entre os hormônios, fases da lua, a menstruação e a menopausa com a finitude do possibilidade de se multiplicar, os aspectos femininos vão operando de forma a abrir um grande portal dimensional. Assim deixa a mulher ser somente fértil e passa a ser fértil de uma forma metafisica.
É importante não esperar que o mundo compreenda seus momentos, mas que você possa fazer o movimento e a reconexão consigo mesma ,se curando, conectando com o seu corpo, no seu próprio ritmo aceitando todas as fases até o envelhecer, da forma como dizia Bert Hellinger, “quando curamos o nosso presente, protegemos nossos descendentes”.
A mulher deu um grande salto, a ascensão meteórica das suas conquistas com sua força sinérgica inconfundível passou da que antes se preocupava somente com a procriação, alimentação e a educação, e viu a situação mudando rapidamente, se tornando desbravadora, protagonizando múltiplos papéis, enxergando o mundo no ponto de vista peculiar, com histórias marcantes de tantas lutas que foram e continua sendo desafiantes , mergulhada em seus meandros e surpreendente sentimentos enigmáticos que só ela sabe decifrar.
A terra, a luz, a raiz, o corpo, as mãos, a sombra, a mensagem, o sinal, a nota musical e uma veia criativa latente, é a representatividade feminina. São processos que fazem parte da transmutação, ciclos que se revelam: nascer, morrer e renascer. E assim celebramos a energia feminina, principalmente nesse mês, já que ela nos impulsiona a fazer o contato com a nossa linhagem matriarcal (mães, bisavós, tias, avôs, tataravós, tias, avôs, primas…) todas essas fazem parte da construção de uma identidade que vem de uma estrutura familiar secular, que antecedem nossas vivências ao longo da vida. Tudo que passamos faz parte de um processo sutil e multidimensional e por isso é de suma importância fazer a imersão no mundo interior e se autoconhecer.
Falar sobre o feminino também é perceber que cada um dos ritos de passagem é celebrado de uma forma peculiar. Quando se trata de um ritual, deve-se celebrar, vivenciar e compreender todas as etapas, testemunhando-as e, sobretudo, aceitando-as com plenitude.
Quais as lições estão aprendendo agora?
O desenvolvimento será um passo importante que irá ajudar entrar em contato com os sentimentos mais profundos, por isso, a importância das interrogações que vai contribuir para uma atitude meditativa. As mulheres são generosas, líderes que inspiram, empreendedoras, precursoras, inovadoras, heroínas, multíplices e plurais, construindo um novo modelo de libertação, são as novas “EVAS” que deram um salto significativo e conseguiram impulsionar mudanças relevantes, uma nova consciência materna, um olhar acolhedor, ressignificando, vencendo barreiras e retomando a herança ancestral de mulheres milenares, estabelecendo e exigindo a respeitabilidade.
Mas o que significa ancestralidade feminina? O que é ser ancestral?
Ser ancestral é ser mulher e ter vivenciado o nascimento da sua existência, é esse elo que faz parte de toda criação, que está nas memórias celulares, reconhecendo quantas mulheres vieram antes de você. E essa informação é transmitida através da genética (DNA) porque está inserida a história de um povo, a cultura, história familiar ajudando a se autoconhecer.
Com a finalização desse artigo, deixo esse pequeno trecho de Nina Zobarzo, que reafirma todo o respeito à ancestralidade, tudo aquilo que foi passado de geração em geração:
“Vem, filha…Senta aqui…Pare de se doar um pouquinho. Hoje, você não está pra ninguém, hoje, é você quem vai receber. Vem, filha, senta aqui…Hoje, formamos um círculo ao seu redor, hoje, você está sob nossos cuidados, nossos rezos (Os são saquinhos de tecidos preenchidos com fubá, cada um com uma intenção rezada criando uma ligação energética entre o pensamento e a ação numa interconexão com o Grande Espírito, garantindo o equilíbrio para compreender e conduzir., nossa energia. Hoje, neste círculo, quem recebe a cura é você. Vem, filha, senta aqui…Somos suas avós, bisavós, tataravós…E as que vieram antes delas…Somos tantas, somos muitas, somos o feminino, raízes da árvore. Que hoje você representa em flor… E celebramos sua voz, que fala por nós…Sua atitude, que nos liberta…Seu sentimento, que é nossa Alma…Suas palavras, que são nossa Sabedoria…Sua coragem, que é nossa continuidade…Hoje, deixe-se abraçar…Vem, filha, Senta aqui…Somos as anciãs. Feche os olhos…Receba.”
Qual seu propósito de vida?
Reescreva sua história pessoal, recosturando, curando a alma, assumindo seu poder e transcendendo a sacerdotisa do seu sagrado templo interior, permita a liberação emocional, a gratidão e a transformação. As respostas estão dentro de você. Seja sempre sua fonte de empatia, e que através desses grandes aprendizados, haja um florescer e o despertar para o autoconhecimento, autocuidado e amor.
Mônica Prado é Empresária na área de moda, produtora de moda, consultora de moda, jornalista, radialista , comunicadora , jornalista de moda Bacharel em Musicoterapia pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL) com especialidade na área geriátrica, neurológica e gestacional palestrante, com mais de 26 anos de experiência clinicando como Terapeuta. Escritora autodidata, colunista da Revista Metropolitana, Jornal do Povão (SE), Jornal do Povão ( MG), além da participação semanalmente do programa de rádio com abordagens e temáticas diversas sobre bem estar, comportamento, consciência , espiritualidade, saúde psicoemocional, dualidade, autoconhecimento entre outros. criadora do método Modaterapia em que no campo da terapia observa e percebe a ótica da imagem e o comportamento das pessoas em relação à moda. Transcreve conhecimentos e experiências dos atendimentos em consultório ajudando no empoderamento feminino, elevando a auto estima da mulher, fertilizando a vida através das suas experiências singulares, o bem estar e aceitação de si mesma.
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