Margarida

Era mais um daqueles dias que eu não sabia expressar em prosa e verbo. Era um dia quente no pé e frio na ponta da nuca.
Era um dia difícil de sorrir sabe? Era um dia de brincar de teatro, se esconder e inventar um personagem feliz.

Era um dia confuso.

Daqueles de sentir um formigamento no meio no peito até o dedo mindinho. Era quando minha voz se perdia no vento e eu virava invisível.

De sentir um caroço no pescoço, por não saber chorar
Que pesa o peito, me deixa tonta e louca
Apertada e esmagada
Era um dia de asfixia

Enfiei meus dedos na garganta pra sair a tempestade do meu coração
Vomitei chuva, trovões, raios e escuridão
Me acordem quando a luz voltar
-M.E.


Entre Nossas Linhas é uma página de Instagram criada por duas amigas que encontraram na arte de escrever um refúgio.


Clique na imagem e acesse a loja virtual da Bodoque!


GALERIA

Apoie causas humanitárias. Em tempos de cólera, amar é um ato revolucionário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *