Eu rotulo.
Sou medíocre e assumo em alto som
Me gabo a toda gente como sou o bom
Tu rotulas.
Ciclana é volúvel: vive no pecado
Fulano é desprezível: faz tudo errado
Ele rotula.
Freud explicaria prática assaz vulgar?
Projeção de complexo ainda a superar?
Nós rotulamos.
Divertido menosprezar os comportamentos
Atacar outras pessoas e seus pensamentos
Vós rotulais.
Justifico assim o meu vazio preconceito
Aturdo a consciência, violo seu respeito
Eles rotulam
Maldigo tua ação habitual, ascendo à nobreza
Reino opiniões de estrume, eis minha riqueza...
Gabriel Lopes Garcia é poeta. Atua como professor de Física nas horas vagas.
Clique na imagem para acessar a loja virtual da Bodoque!
Galeria
Apoie pautas identitárias. Em tempos de cólera, amar é um ato revolucionário.