por: Letícia Castro,
Umalinha. Junto assim mesmo. É quando a tinta encontra o papel, e nele desliza um traçado contínuo, como a coragem de quem ama. Contínua perfeição da rota, sem ponto, sem reta.
A leveza das curvas dá a impressão de que se está caminhando sobre elas – devagar até o topo… e dele se escorrega numa queda de fazer vento no rosto. Dali, vai se formando um emaranhado que lembra o infinito, tal qual montanha russa.
Linhas que se cruzam.
É como a vida, que quando chega ao fim, toma forma. Qualquer forma que se queira.
Umalinha pra mim é uma mistura de infância com “Aquarela”, de Vinícius de Morais. Porque através dela, tudo se torna possível.
O corpo é arte.
A natureza é arte
A arte é arte
Afeto. A melodia de uma amizade longa, e sem nenhum remendo.
Obs: Todas essas ilustrações são da artista Paula Vasconcelos, que também é tatuadora, e minha melhor amiga. Desde que nossas tintas se encontraram no papel, seguimos em Umalinha.