Divagar e Sempre

 
De repente, tudo ficou acelerado.
Antes, eu tinha mais tempo pro café.
Hoje, se chapo ouvindo Macalé,
A culpa logo diz que estou errado.

O ócio ficou tão mal visto
Que pensar se tornou um desperdício.
Ainda ouviremos que são ossos do ofício.
Pra esses malditos, só vale o produzo, logo existo

Podem tentar andar mais rápido.
Eu continuarei indo divagar.
Podem até me ridicularizar.
Mesmo calado, todo poeta é cálido.

Farei do meu pensar uma manifestação.
Quero que eles o vejam como protesto.
E que sirva como um gesto honesto
De quem é contra sua repressão.

Guilherme Couto  tem 20 anos, faz engenharia na UFJF, mas vem da região serrana do rio. É apaixonado por arte e fã do modernismo brasileiro. Escreve pra se descobrir



Clique na imagem para acessar a loja virtual da Bodoque!


Galeria

Apoie pautas identitárias. Em tempos de cólera, amar é um ato revolucionário.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *