Dentro do quarto Quatro almas tem um parto Parto porque já é hora de partir no meio Toda a angústia e dor que carrego por ser feio A parteira já chegou no quarto E o primeiro a dar à luz, dà a luz de quatro Vem ao mundo a subversão A ironia, o instinto, e um tanto de indagação O segundo vai parir numa banheira Mesmo que não queira, é sem eira nem beira Exocita, com sua dor, a cumplicidade e a emoção E o trigêmeo quem vem depois, chama-se ele o perdão. O terceiro, que era quatro, não queria ser freguês Quis um parto humanizado Quis fazer de seu hiato, o preservado Nasce a arte e a vida O encontro e a despedida A quarta não queria fazer parto Dentro de um quarto com um médico farto Abortou.
Maria Petrucci é estudante de história da arte na UERJ, é uma jovem que procura, através da arte, ressignificar suas emoções e tentar entender um pouco de si, da vida e do outro.
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