A inveja me consome as entranhas Me rói, corrói Deliro em febre Caim reside em mim Teu sucesso Minha infelicidade Se acaso me perguntares Motivos, argumentos Porque o desgosto Nego até a morte Sorrio superior Sigo praguejando Sabotando-te Desejando que o inferno se lhe apresente veloz Poderia te ajudar Se estivesses enrascado Posaria de boa pessoa A caridade em ação Mas não! Tu insistes Progrides poderosamente E assim me diminui Eu te abraço Com a faca na mão Pronto ao gesto fatal As imagens-sonhos repetem Na mente conturbada - Até tu, Brutus?
Gabriel Garcia é poeta. Atua como professor de Física nas horas vagas.
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