WINTER

Pés tocam a superfície congelada
Estrelas pontilham o céu noturno
Cai a neve em flocos flutuantes
Apenas uma casa de madeira marrom
Existe nos arredores silenciosos
Brilha o vidro da janela embaçada
Amarelo forte do lampião aceso
Vejo a trilha de pegadas que formei
No terreno branco fofo perto da porta
Solitude. Contemplação. Paz.
Escuto corpo e pensamentos
Posso ouvir a natureza
O frio é lindo!
Estou vazio fecundo
Eu sinto o Cosmos
Sou mais um pinheiro a reverenciar
Tao, Consciência invisível, Insondável
Aspiro à sapiência suprema
Conhecer a mim mesmo
Quero o poder absoluto
Dominar a mim mesmo

Gabriel Lopes Garcia é professor de Física e poeta. Trabalha com projetos educativos de divulgação científica, escreve textos didáticos de ciência e colabora em periódicos de arte e poesia.


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