Modaterapia: A consciência sobre o vestir

É interessante conversar sobre a Modaterapia, pois, é um tema que há pessoas que se identificam. Outras não, acham que é futilidade, mas não têm noção da relevância que a roupa pode ter na imagem e na vida das pessoas. Só através da observação podemos ver a moda como uma reflexão sobre as questões contemporâneas.

Nossa autoimagem é um reflexo que constrói uma identidade, que se reconhece através das nossas escolhas. Não há como interagir, porque tudo está totalmente intricado, a moda e as emoções contextualizam o exercício recorrente em que as ações estão impregnadas na nossa roupa. Da mesma forma que há roupas para o corpo, existem também roupas para a alma, e através desses trajes, interagimos uns com os outros. 

As roupas carregam em si significados que são as configurações que formam uma cadeia de sentimentos e ressignificações de várias formas, envolvendo experiências como: hábitos culturais, lembranças, heranças, historicidade de vida, além da memória ancestral que nos acompanha e está silencioso no nosso corpo. A  cada década, as peças de vestuário e seus significados sofrem transformações, desconstrução, vão se transmudando, reconstruindo, reciclando, customizando, revisitando, repaginando e com essa transformação atinge lugares externos e internos, inimagináveis. Se faz presente juntamente, a força da música que nos reporta a experiências inesquecíveis e marcantes, através dos sentidos enquanto formas de comunicação e como um conjunto de elementos relacionados às necessidades, onde se mesclam os símbolos e códigos de identificação. A história sobre o vestir, revela quem nós somos, contam histórias e causa emoções. É a nossa segunda pele, que influencia a nossa autoestima quando consegue decidir sobre o que realmente desejamos transmitir através da roupa, seja qual tipo de relação comunicacional devemos passar através da cor, tecido, caimento, modelagem, textura e superfícies. 

A terapia da moda é uma ferramenta para que a pessoa possa desenvolver uma compreensão sobre si mesma, melhorar a autocomunicação, autovalorização, aumentar a sua autoestima, e a partir da sua imagem interior, refletir a singularidade como o potencial comunicativo que se esconde por trás da profundidade da superfície que está no seu inconsciente.

Será que nos conhecemos profundamente? Sutilmente este vestir está sublime e ocultado em nós e de fato, desconhecemos essa condição em boa parte das nossas experiências. Cada pessoa leva uma bagagem de padrões e estereótipos que compõe o seu processo, simplesmente acolhe a história do vestir, sendo de extrema importância para construção dessa imagem. Essa engenhosidade, e esse diálogo privilegiado irá ajudar a firmar sua personalidade em relação ao mundo, portanto, o guarda-roupa representa o corpo que oferta significado, e descobrimos a autenticidade que nos leva genuinamente a ter um olhar sensível e empático por nós mesmos externalizando de dentro para fora nossas necessidades e gostos. A forma como nos apresentamos no mundo é fruto do desejo de parecer, pertencer e, de certa forma, ser.

 Como deve ser esse diálogo de transmutação de modelos de roupagem, quando a negação do corpo não corresponde a seus anseios?

A roupa ou a vestimenta é um código de identificação, uma outra forma de pensar, de representar e falar a sua realidade para o outro. Apenas com um invólucro da nossa essência… Cada pessoa leva a bagagem de vivências essencial para a vida. Afinal, sem a roupa e sem imagem não seria possível a sua existência. Tudo ocorre de forma inconsciente, aprendendo a valorizar a forma de mapear seu corpo descobrindo a constância do pensar e associando ao seu perfil corporal.

“Dentro da vertente da moda literária, pode ser difícil transparecer para o público as inspirações que resultaram naquelas peças, devido ao teor subjetivo e sentimental contido nelas. Na maioria das vezes, a plateia não é capaz de enxergar e reconhecer o incentivo literário por trás de uma coleção apenas vendendo-a na passarela. É preciso um certo grau de conhecimento e estudo para que haja uma identificação e, consequentemente, uma emoção de quem vê. Mas isso não é necessariamente um problema.”    Clara Watanabe

A comunicação não verbal através da vestimenta é uma maneira de expressão que não utiliza as palavras, é uma ferramenta que ultrapassa os limites do comportamento. O corpo é um invólucro e comunga com as roupas, por que fala por si só e diz respeito quem somos, tudo ocorre de uma forma inconsciente, e vai além da linguagem verbal. Por isso, é necessário aprender a valorizar a forma de mapear seu corpo, descobrindo as suas cores e estampas.

Recentemente a cantora Alcione relatou que no guarda roupa há mais de 400 peças , exclusivas , e que não deixam estacionadas, envelhecendo . Claro, que as roupas tem uma memória particular, de uma valor inestimável , são pontes de memórias afetivas , ajudam a reviver momentos inesquecíveis, então, ela doa muitas roupas para as amigas, irmãs e transformistas que realizam trabalhos interpretando a cantora.

Podemos camuflar a linguagem, nos retrair não querendo se expor, dessa maneira, é importante o ato comunicacional saudável para entender o ato do vestir, porque de uma forma simples se cria uma visibilidade para todos que vão interpretar a mensagem que você deseja transmitir. Por exemplo, percebam que no carnaval as pessoas querem se divertir demonstrando o colorido de viver festejando, porém, cada pessoa tem uma história e uma mentalidade que vai fazê-la se vestir de acordo com sua própria essência. Uma pessoa mais casual, irá colocar suas perspectivas livre de ser na modelagem da fantasia, ajustada no seu molde corporal. Você também já se percebeu fazendo essas escolhas de roupagem em algum evento cotidiano? Justamente essa memória afetiva e de marca pessoal que é realizada de forma transcendente, quase que imperceptível e automática.

Então, é hora de ser você mesmo, e se descobrir como autora da sua própria identidade, simplesmente ser livre para ser, agir, intuir. Seja o protagonista do seu vestir.


Mônica Prado é bacharel em Musicoterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Salvador, (UCSAL) com especialização na área neurológica, geriátrica e gestacional, com mais de 26 anos de experiência clínica como terapeuta. Jornalista de moda, escritora, jornalista, terapeuta ortomolecular, colunista, comunicadora, pesquisadora e palestrante. Colunista da Revista Metropolitana, Jornal do Povão (SE), Jornal do Povão (MG), Revista Trama bodoque (BH), Além da participação semanalmente do programa de rádio (Aracaju) com abordagens e temáticas sobre bem estar ,dualidade, consciência, espiritualidade, saúde psicoemocional, autoconhecimento entre outros. Criadora do método Moda terapia em que no campo da terapia observa e percebe a ótica da imagem e o comportamento das pessoas em relação a moda. Transcreve conhecimento S e experiências dos atendimentos em consultório ajudando no empoderamento feminino, elevando autoestima da mulher, fertilizando a vida através das suas experiências singulares , o bem estar e aceitação de si mesma.


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