Em um mundo onde palavras são abreviadas e a tecnologia se destaca, compreender o significado de “A palavra é meu domínio sobre o mundo” é muito relativo, é como se você estivesse com o número nove virado de cabeça para baixo e um seis de cabeça para cima, sempre vai existir uma controvérsia.
Quando Clarice Lispector disse sobre as palavras serem uma arma excêntrica ao domínio mundial, ela nos entregou uma chave perigosa de se usar, principalmente quando vivemos e sobrevivemos em uma sociedade onde a liberdade de expressão é “limitada aos interesses pessoais”, e isso significa que, vivemos em uma sociedade completamente mergulhada na hipocrisia e maquiada a boa e velha frase do Filósofo Voltaire. Palavras são como uma adaga de dois gumes, ou você as domina ou elas te dominam, se você usa essa arma, com toda certeza vai ferir e, ao mesmo tempo salvar a alma de alguém, querendo ou não, vamos sempre viver e aprender com esse ciclo de acidentes bem ou mal feitos.
Por muito tempo achávamos que o Domínio se relacionava a poder ou cargo, financeiro ou religioso, branco ou preto, mas, se eu te falar que o Domínio se trata de saber se portar perante a uma sociedade completamente desregulada? Mais uma vez vemos outra fala de Clarice a respeito, mas dessa vez, podemos ter um pouco de alteração e talvez uma pitada de revolta; “Porque há o direito ao grito. Então eu grito.” Percebe-se que nessa fala ela faz jus a questão de usar palavras em seu favor para dominar, se impor e demonstrar suas forças em momentos bons, ruins, perturbadores, questionadores e até mesmo, em momentos em que ela começa a se transformar em sua personagem.
Se as palavras forem usadas para matar, elas serão fatais, mas se essas forem usadas para dar vida, serão eternamente cruciais, a maior questão a ser questionada é, eu sou Dominada ou a Dominante? Eu sou a voz ou a dominante dela?
Para encerrar, acho que o mundo necessita de mais Clarices e um pouco mais de poesia.
Eduarda Emerik é uma adolescente de 17 anos que começou a escrever assim que se encontrou no mundo das artes e literatura.
Desde que começou a escrever nunca se importou muito com regras ou leis sobre a escrita e até mesmo sobre ilustrações e pinturas, seu foco é mostrar ao mundo o que pode e poderia ter sido feito nesses dois mundos paralelos.
Ela ama livros e por mais que seja uma jovem, odeia sair pra festas e prefere o bom e velho trio, caderno, caneta e café.
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