Pedimos vacina, Servem chacina. Meio milhão não é nada Em meio a tanta propina. Comida no prato? Vacina no braço? A gente paga o pato, Eles correm pro abraço. O distanciamento só aumenta Entre flechas e gás de pimenta. Apanhar por lutar por direitos, Lucrar pra fechar uma ementa. Enquanto sonha em ser réptil, Lá já são um ninho de cobra. O Brasil não é terra fértil; Aqui sonho não brota: O que o gado não come Fazendeiro esmaga com bota. A pátria já não é amada, Mas desafia o nosso peito a própria morte. Pátria não é mãe, é madrasta. A esperança no chão se arrasta. Estamos jogados a própria sorte.
Geara Franco é jornalista, social media, macramística e poetisa nas horas vagas.
Muito bom. A situação do país é triste, mas vamos sair desta. O Bozo é um despreparado. Quis dar um golpe mas não tem força política para tal. Como é que pode o povo ter votado num bossal, favorável à ditadura, tudo por medo de um “comunista”, segundo a visão deles e as desinformações. Você expressou bem a indignação. Escrevi um poema, e foi publicado aqui, chamado ‘BRADO’, recentemente. Expresso nele a saudade de um país verdadeiro, que precisa ressurgir, sair destas trevas. Parabéns pelo poema.