Som e silêncio: A Comunicação harmônica em Musicoterapia

 A música está presente em todos os momentos de nossas vidas, atravessando gerações. Não há como ficar indiferente a qualquer estilo e manifestação musical, seja pop, rock, reggae, clássico ou nossa MPB. A música é uma arte atemporal que conecta gostos e estilos. Por isso, o gosto musical pode expressar traços amplos de quem somos e de nossa personalidade.

 A música é indecifrável, principalmente quando estamos afastados de nós mesmos , e percebemos alguma estranheza, o que nos deixa desconectados de nós mesmos, assim é formado um mosaico e simplesmente vão se ajuntando as peças que estão desagregadas. A música é multiplicadora, multifacetada, magnetizadora, polissêmica; porque cada um interpreta de uma forma diferenciada.

Tudo que está no universo tem uma certa significação, há uma constante vibração, somos iguais à caixa de Pandora. Uma globalidade vibratória, e assim vivemos numa complexidade, construindo e nos desconstruindo em cada peça que forma esse mosaico é uma preferência musical.

 O ser humano não tem noção do poder dos sons que criam e enviam para o éter, de igual forma, o poder das energias mentais negativas ou sentimentos se tornam como acordes musicais dissonantes que afetam nosso estado mental e psicoemocional.

Lembre-se, você é o produtor, o protagonista da sua vida, você escolhe o elenco de personagens que irão representar ao seu lado.  Seu script já está pronto desde o momento que aterrissou neste planeta. Você tanto pode dirigir o espetáculo, como modificar qualquer cena que almejar,você que cria, dá ordens e manifesta. Cada ser humano tem uma frequência dentro dos acordes e sons, as nossas células e nossos órgãos tem uma consciência memorial de todos os sons que nos permeiam, por isso, é de suma importância que se faça reflexão sobre os sons de uma forma espiritual e terapêutica.

 Você tem uma música favorita salva na memória? 

 Qual é o seu estilo de música favorito?

 A letra da música te comove?

As letras da música lhe causam uma emoção?

Quem não sente saudades dos velhos tempos, daquela música ,que foi um marco em nossas vidas, que nos trazem lembranças significativas como: um filme, um desenho animado, cenas de suspense, uma música preferida do casal, temas de amor e trilhas incidentais (cena ou música de fundo) que trazem emoções ao filme.

Isso mostra que, na realidade, os sons fazem parte da nossa existência. Segundo a pesquisa realizada pela terapeuta Gabriela Bandeira, ela fala sobre o comportamento da música e como influencia na nossa personalidade.

Reggae: É uma música agregadora, que relaxa e faz refletir, ideal para quem gosta de conter o ritmo do dia a dia. Os “regueiros” são pessoas despossuídas, desapegados, otimistas e criativos.

Música Clássica: Além do gênero musical, as pessoas desse grupo são mais sofisticadas e mais atentas à cultura, como literatura e arquitetura, por exemplo. Um bom conhecedor de música clássica se destaca pela elegância e pela autoestima elevada.

 Rock: O amor pelo Rock é transmitido de pai para filho, de geração em geração. Apesar de serem um pouco introvertidos no dia-a-dia, também podem ser bastante efusivos e performáticos, sobretudo quando se soltam com os primeiros acordes de guitarra.

Jazz: Assim como o blues, o jazz é considerado um tipo de música alternativa, ideal para quem gosta de pensar em um fundo musical harmonioso. O gênero é caracterizado por pessoas calmas, confiantes e sempre abertas a novas opiniões, bem como sociável agregativo. 

Eletrônica: Para pessoas muito animadas e que gostam de dar uma sacudida na rotina, os ritmos eletrônicos são perfeitos, tanto para dançar quanto para estimular práticas cotidianas, como a prática de esportes, por exemplo. Embora a música eletrônica reúna todos os tipos de personalidades, os apaixonados por ela se caracterizam por serem criativos e bem-humorados. 

Pop: Este gênero leva a abreviação de popular, e não é para menos. É o tipo de música mais “acessível”, pois os hits se encaixam em suas melodias. Os apaixonados por essa música podem ser pessoas extrovertidas, com autoestima garantida e alto humor. Samba: “Quem não gosta de samba… …não é mocinho! Gente que curte esse estilo, tão enraizado na cultura brasileira, geralmente são pessoas que gostam de se reunir com os amigos para cantar, tocar bateria e dançar sem compromisso.

Os sambistas são extrovertidos e respeitam a rica história do gênero. A musicoterapia parte dessa premissa, ou seja, altera os estados emocionais e psíquicos do ser humano; a partir de ruídos viscerais, fluxo sanguíneo, batimentos cardíacos, fenômenos sonoros intrauterinos em que a mãe embala o filho que já tem os primeiros contatos sonoros (como o ritmo através dos batimentos cardíacos da mãe que ficam gravados em sua memória durante o período gestacional) e influencia diretamente e características cognitivas;

Os primeiros relatos sobre a influência da música no ser humano datam de milênios antes de Cristo. Os gregos explicavam que a música, sendo harmonia, ordem e equilíbrio, em sua totalidade estrutural, desempenhava um papel eminente na concepção psicossomática e buscava restaurar o equilíbrio perdido com remédios para o físico, e música para a mente. Na antiga civilização grega, desenvolveu-se um sistema organizado de musicoterapia baseado na influência de certos sons que seriam uma dádiva divina para o homem, pois com ela ele poderia alegrar a alma e atingir a parte psíquica e somática da pessoa.

 No século XVI, o grande cirurgião Celso e outros médicos de sua época acreditavam no valor da música, chegando a prescrever audições de violino e violoncelo aos pacientes para animá-los e acelerar sua convalescença. Platão e Aristóteles podem ser reconhecidos como precursores da musicoterapia, pois ambos recomendavam a música para a saúde da mente e do corpo, com efeito sobre emoções incontroláveis e superação de ansiedades fóbicas. Cronologicamente, após a Segunda Guerra Mundial, hospitais de veteranos nos Estados Unidos contrataram músicos profissionais para organizar programas com música específica para soldados feridos em guerra, vítimas de traumatismo craniano.

 Assim nasceu a musicoterapia como especialidade científica e terapêutica. A musicoterapia tem o benefício de levar o paciente a manter uma postura resiliente diante das situações da vida. Assim, permite ao indivíduo reforçar a sua identidade pessoal, melhorar a postura física e social, incluindo a expressão facial, aprender a ouvir-se e satisfazer as suas necessidades genuínas, ultrapassar bloqueios de expressão da fala, memória, criatividade, estabilizar quadros clínicos por vezes bastante complicados, entre outros. O tratamento através da música é utilizado em hospitais, centros de saúde, clínicas privadas, asilos, escolas, universidades e comunidades. Também pode atuar nas áreas: com autismo, dependente químico, deficiência motora e cognitiva, distúrbio neurológico, pré e pós-operatório de procedimentos como cardiopatias e depressão, na psicoprofilaxia (com gestantes), estimulação essencial, adolescentes, adultos, em crianças e adultos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, doença de Alzheimer. (Testemunho Musical) como forma de prevenir e auxiliar na recuperação da saúde.

 A música é um veículo importante e valioso para canalizar a energia que promove a inteligência, a imaginação criativa, o afeto e a sensibilidade elevada. 

Trabalhar com Musicoterapia proporciona uma experiência inefável, que ajudará o indivíduo a vivenciar uma mudança transformadora para o crescimento e melhoria de sua autoestima. Segundo Handel, O que há de maravilhoso na música é que, por meio dela, você pode alcançar a concentração e a meditação, independentemente do pensamento. Nesse sentido, ele constrói uma ponte entre o consciente e o inconsciente, entre o que tem forma e o que não tem forma. Se existe algo que pode ser aprendido com a razão e que realmente existe, mas ao mesmo tempo não tem forma, é a música. 

Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you!!

                                                                       Rita Lee


Mônica Prado é bacharel em Musicoterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Salvador, (UCSAL) com especialização na área neurológica, geriátrica e gestacional, com mais de 26 anos de experiência clínica como Terapeuta. Escritora, jornalista, colunista, comunicadora, pesquisadora e palestrante. Colunista da Revista Metropolitana, Jornal do Povão (SE), Jornal do Povão (MG), Revista Trama bodoque (BH), Além da participação semanalmente do programa de rádio (Aracaju) com abordagens e temáticas diversas sobre bem-estar, comportamento, consciência, espiritualidade, saúde psicoemocional, dualidade, autoconhecimento entre outros. Criadora do método Modaterapia em que no campo Da terapia observa e percebe a ótica da imagem e o comportamento das pessoas em relação à Moda. Transcreve conhecimentos e experiências dos atendimentos em consultório ajudando no Empoderamento feminino, elevando a auto estima da mulher, fertilizando a vida através das suas experiências singulares, o bem-estar e aceitação de si mesma.


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Um comentário

  1. Muito legal a apresentação do tema que, confesso, apesar de já ter lido sobre Musicoterapia, não tinha essa visão tão ampla. Parabéns!

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