A Revista vai ao embate: uma posição político- teológica de aliados a causa lgbtqiapn+ contra as falas homofóbicas de André Valadão.

Como aliados à causa LGBTQIAPN+, precisamos delimitar a posição da Revista Trama contra qualquer discurso que simule uma ordem divina contra a vida daquelxs que, historicamente, são marginalizados, feridos, assassinados e excluídos da vida social. Por isso, repudiamos a fala de André Valadão que incita em seus membros, por meio da linguagem do ódio a darem fim a vida de lgbtqiapn+. Em algum momento, é necessário a reflexão que a ampliação de tais influências desdobrou em um processo muito clássico no capitalismo, que é nomeadamente a apropriação de espaços como propriedade privada. Redimensionado na lógica da religião, percebemos indivíduos cuja dinâmica pelo poder culminou numa apropriação narrativa e, acima de tudo, simbólica, de quem concede a vida e quem determina a morte. Nesse caso, sentem-se no direito de sentenciar, em nome de ‘deus’, qualquer Outro à morte, e esses poderes simbólicos alimentados dentro desses centros religiosos, servem como impulso a uma linguagem comum construída em torno dos pressupostos de uma extrema direita que busca em suas frentes alicerçadas todos os postos radicais; da religião a xenofobia, do racismo ao patriarcado, entre outros. 

Em contrapartida, para contribuirmos com as possibilidades do que se pode ser lido nas contínuas ações de André Valadão em busca do nome em trends e, ao mesmo tempo, não querendo cair no fetichismo evangélico de imaginar e imergir em teorias irreais ,vide comunismo no Brasil, acreditamos que o André está ganhando a repercussão que gostaria. Bem como simulou e mentiu, há pouco tempo atrás, uma nota do STF contra ele junto a todo àquele vídeo patético em que ele aparece em um fundo preto, sendp sensacionalista etc., agora engrossa a narrativa contra a vida de pessoas lgbtqiap+ em busca de uma reação do Estado. Isso, porque busca construir sua imagem em torno da figura de um mártir, que estaria sendo perseguido devido a “sua fé”. Além de uma teologia ruim, ele usa sua língua para a morte e diz aos seus fiéis que essa é a vontade de Deus. – Quem conheceu a mente de Deus para que possa instruí-lo? – Paulo questiona. Esse breve recorte revela que, Deus, apesar de ser revelado em Cristo, não pode ser manipulado; a revelação, apesar de interpretações plurais, segue os princípios da redenção e misericórdia. Com isso, quero dizer que André afeta, com seu plano maligno, a QUALIDADE do evangelho disseminado o transformando em máquina de morte, arma carregada apontada contra o próximo e, além disso, mancha de forma perversa a vida dos que, de fato, se lançaram como mártir tal como Blandina (162 -177 d.C), que dizia aos seus torturadores a cada atitude contra seu corpo: Deus é bom. Sua alma incorruptível e seu forte espírito que mesmo aos 15 anos, foram capazes de renegar as breves tribulações, possuem qualidade que André nunca alcançará: a incorruptibilidade do ser. Se Blandina se fortaleceu com um espírito entregue e prostrado ao Criador, André se vende aos príncipes desse mundo para, corrompido, criar cortina de fumaça que inflama seu segmento munido da mentira. Mensageiro de satanás, que seja repreendido.

Essa é uma leitura política teológica que busca, como aliados à causa, condenar esse tipo de narrativa no campo teológico, bem como no campo político onde a pluralidade e a diversidade precisam e ganham, por garantia jurídica, espaço na construção do espaço público e na cidadania. Esse texto, sabemos, não cobre séculos de sofrimento, mas busca delimitar a posição da Trama frente as roucas vozes de uma ditadura que para alguns grupos, nunca acabou. Como citado, nesse texto consta a posição de aliados à causa, entendemos, portanto, a necessidade, como já tem sido feito na Revista, de dar espaço a esse grupo em todos os espaços de diálogo e visibilidade possíveis. Homofóbicos não passarão.

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Gyovana Machado é graduada em História/UFJF, mestranda no Programa de pós-graduação na mesma universidade, associada ao Laboratório de História Econômica e Social e pesquisa capelães e capelanias no século XVIII em Minas Gerais. Militante no coletivo EIG (Evangélicas pela Igualdade de gênero), articula sua formação enquanto seminarista no Seminário teológico Rhema Brasil e suas leituras na área de História da Igreja, Teologia Feminista, entre outros.


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