Devaneios – um presente

Como dizia o Apparicio Torelly o, autointitulado, ‘Barão de Itararé’, referência e reverência eterna: “Um homem que acorda desse jeito, recitando versos indígenas, não tem o direito de achar a vida totalmente ruim”, não mesmo! Nem de longe.  

Assim foi Léa Garcia, orgulhosa de sua ancestralidade, acordava sorrindo para a arte. Assim foi Gerson King Combo o rei que se orgulhava de sua negritude. Acordava cantando a alma carioca em black e soul, brother.  

Esquecer, jamais, lembrar cada vez mais, porque depois dos navios negreiros, outras correntezas persistem. Tudo planejado, equipamento na mira, tripé, mudanças necessárias na última hora, já que nesses momentos, como em outros, planejamento, manual, imagens fantasiosas, aditivos, o dia de ontem, nada disso garante o nosso sucesso. Nada! A possível sustentável leveza do ar, do ser e do estar, quem sabe até, do permanecer. Pegar o amanhecer no olho, a beleza à unha ou transformar o mais ou menos em ‘uau!’, é missão, é propósito. Está escrito nas estrelas, está sim! 

Não se afobe, não, que nada é ‘pra’ já, a Terra que fotografo redonda, sim meu caros, a Terra é redonda, dá aquelas voltas diárias exatamente como a Lusitânia iluminada pela Galeria Silvestre, há milênios, e em uma dessas voltas todos nos encontraremos com todas, todos e todes, é isso! É disso que estou falando. Nada é ‘pra’ já, nem os escafandristas inocentes do Leblon que olham o navio passar. Será bailarina? 

Espero o desenrolar do dia, atento aos imprevisíveis sinais que não quero perder, como o amigo que tenho, não admite perder os sinais dos encantamentos que vai colecionando dia a dia, somados em camadas, novos arquivos, como insetos em volta da lâmpada; pirilampos apaixonados que morrem pelo brilho da luz. Esperando mais luz, pegando o trem das estrelas. Quase, quase conseguindo, o sol hoje despontando mais ou menos, vou à luta, libero o olhar, solto a mão no disparador, deixo a máquina fazer a sua parte, e tem o resto, mas o poeta recomendou, o poeta esse fingidor, o resto deixa ‘pra’ lá; tudo, tudo vai dar pé, então vamos “…Dançar como dança um black / Amar como ama um black / Andar como anda um black / Usar sempre o cumprimento black / Falar como fala um black / Eu te amo, brother.” 

Viva Léa Garcia, viva Gerson King Combo! 

 


Carlos Monteiro é carioca, nascido em Santa Teresa, é flamenguista e portelense. Carlos Monteiro é fotógrafo, jornalista, cronista e publicitário desde 1975. Trabalhou nos principais veículos nacionais – Revista O Cruzeiro, JB, Jornal dos Sports, História e Glória do Rock, revista Foca além de outros como freelancer. No Jornal O Dia, publicou a foto-galeria, ‘Alvoradas Cariocas’, retratando o amanhecer. Atualmente colabora com o Correio da Manhã, a Revista 29H, a Revista da Família, a Revista Publicittà, o Portal Mirada Cultural, o Portal Anna Ramalho, a Rede Lume de Jornalistas, o Portal Pro Coletivo, o Portal Os Divergentes, o Portal Jornal Digital, o Portal São Paulo Sao, além de atuar como publicitário na Agência Saravah e para alguns outros veículos. Tem três foto-livros, publicados, retratando o Rio.

@carlosmonteiro_br  


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