Segurança no mundo incerto 

Entender que nós somos as coisas que possuímos e somos também o que estamos apegados. 

Uma casa com um ambiente sofisticado exalando uma atmosfera peculiar, os moveis de uma sofisticação inigualável, o conforto, a opulência, a conexão com os objetos decorados, com o toque moderno e memorável e com detalhes charmosos. Além do perfume suave de flores no ambiente, aquele frescor especial e inexaurível. Observando por onde a luz do sol faz seu percurso pelas paredes, sentir de onde vem o vento, o som. Está gostando do passeio? Nesta casa há um silêncio e aquele sentimento de reservada segurança, é um dos melhores momentos da vida, sem dúvida, a conquista de realizar o sonho de ter uma casa.  

Nossos dias são um movimento contínuo… um pássaro levanta voo, as flores se abrem para um novo amanhã, a borboleta pousa na flor e permanece completamente imóvel por alguns instantes. Você consegue observar esse breve instante em que não há esforço, não há ambição, não há ganância nem competição, apenas a delicadeza do movimento se fazendo presente. Até os animais são felizes não só pelo instinto, mas também, quando tem comida e saúde suficientes para sua sobrevivência. 

Entretanto, os dias, as noites são infindáveis e o ser humano sempre buscando coisas novas, simplesmente transportando cargas do ontem, do hoje, e do amanhã que ainda esperamos chegar. Um olhar em busca de um desafio, exasperadamente, é, de fato, natural do ente humano, que aspira possuir mais e mais coisas e esquece o genuíno, se apegando ao efêmero. Temos que abnegar em prol de algo que nos ajude a equilibrar entre o material e espiritual. 

Segundo o filósofo Osho, que não hesitou em dizer que o ser humano vive constantemente pensando: “O que está faltando? Talvez móveis melhores, cortinas melhores, um marido melhor, uma esposa melhor, um trabalho melhor” …. Afinal, segurança é o ápice da vida humana. 

Decidi escrever esse texto de forma poética, fazendo uma reflexão de que algumas coisas são irrelevantes. Sempre abrindo questionamentos para que a pessoa possa decidir o que mais importa nessa vida. Você já foi realmente feliz nas pequenas coisas? Seja, lavando pratos, cuidando das plantas, admirando o horizonte, tomando banho de cachoeira, caminhando na areia, as pombas rodeando seus pés, reverenciando um conselho tão esperançoso vindo de alguém especial e crianças brincando no gramado. Cada momento foi uma paz na alma, uma felicidade inefável, momentos indeléveis, apenas… um cenário irretocável, único, que não apreciamos intensamente o quanto ao apego materialista. 

“Há os que dão pouco do muito que possuem, e fazem-no para serem elogiados, e seu desejo secreto desvaloriza suas dádivas. 
Há os que pouco têm e dão-nos inteiramente. 
Esses confiam na vida e na generosidade da vida e seus cofres nunca se esvaziam. 
Há os que dão com alegria e essa alegria é sua recompensa. 
Há os que dão com pena, e essa pena é seu batismo. 
E há os que dão sem sentir pena, nem buscar alegria e sem pensar na virtude. 
Dão, como num vale o mirto espalha sua fragrância no espaço. 
Pelas mãos de tais pessoas Deus fala; e através de seus olhos Ele sorri para o mundo.”
 Khalil Gibran 

O mundo moderno está caminhando na contramão, enfrentando uma colisão devido aos grandes eventos, vivendo uma inquietude por se apegar a sonhos passageiros.   

Por que viver de ilusões que só causa decepções? 

As pessoas pretendem a prosperidade e a abundância financeira. Isso significa que, para chegar lá, basta seguir os passos de pessoas que as alcançaram, ou simplesmente ler livros que ensinam como fazer investimentos que sejam milagrosos. Não há nada de errado almejar a satisfação de conseguir o que deseja, basta que a espiritualidade esteja presente e a maturidade também. Essa gratificação nos torna escravos mentais, e que infelizmente não trazem segurança. É verdade que o dinheiro não pode garantir a felicidade? 

O que há de errado em se apegar a bens materiais? 

Ouvi de uma amiga o relato sobre as viagens que costuma fazer todos os anos, e nesse ínterim conheceu muitas pessoas, e nesses encontros ela me contou que percebeu algo sobre o comportamento dos seres humanos que me deixou apoplética, a reflexão foi que, infelizmente tem pessoas que acreditam na força do dinheiro, com raiva da morte, e que a morte não existe e que desconhece a existência dessa força maior que nos rege e nos governa (Deus). Quem sou eu, uma pobre mortal para questionar alguma coisa. Apenas, respeitar, aceitar e vibrar positivamente para evitarmos as transgressões.  

É preciso minimizar os desejos, apegos e emoções para as aquisições materiais e buscar uma nova consciência de valores, a fonte única para o autoconhecimento. No momento em que você começa a se interrogar que talvez você esteja fazendo algo incorreto… imagino quando chega nesse ponto já ocorreu a mudança, você já está se tornando uma pessoa diferente, capaz de perceber que a necessidade de posses é uma ilusão. Portanto, não se envaideça com a fortuna, nem com as vantagens pessoais, porque sabe que tudo que lhe foi dado pode lhe ser retirado. Mas como pode ser tirado? Um bom exemplo disso, é quando ocorrem as catástrofes, que subitamente ocorre na natureza, as guerras e que somos obrigados a abandonar, desapegar, abandonar suas casas e deixar para trás uma história repleto de memórias e afetos onde viveram a maioria de suas vidas e buscar outras condições inesperadas e não programadas. 

Precisamos perceber o fato obvio, o ente humano cria armadura protetora de segurança, além do medo que sobrepuja achando que vai deixar de existir por não ter algum objeto, ideias, bens que preencha o seu vazio. 

Mesmo com todas as guerras, independentemente de quais sejam elas, fica uma pergunta: a felicidade e a segurança são ainda possíveis no mundo incerto?  

Que você permaneça com as riquezas que ninguém pode comprar ou tirar de você: seu caráter, sua bondade, sua luz e educação, suas experiências. Preserve a essência de sua alma. Seja uma forma benigna de contaminação para outros, e que sempre exista a vontade de aprender, evoluir, sentir mais, viver mais, isso tudo te faz alguém de valor inestimável. 

Até a próxima 

Abraços, 


Mônica Prado é bacharel em Musicoterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Salvador, (UCSAL) com especialização na área neurológica, geriátrica e gestacional, com mais de 26 anos de experiência clínica como Terapeuta. Escritora, jornalista, colunista, comunicadora, pesquisadora e palestrante. Colunista da Revista Metropolitana, Jornal do Povão (SE), Jornal do Povão (MG), Revista Trama bodoque (BH), Além da participação semanalmente do programa de rádio (Aracaju) com abordagens e temáticas diversas sobre bem-estar, comportamento, consciência, espiritualidade, saúde psicoemocional, dualidade, autoconhecimento entre outros. Criadora do método Modaterapia em que no campo Da terapia observa e percebe a ótica da imagem e o comportamento das pessoas em relação à Moda. Transcreve conhecimentos e experiências dos atendimentos em consultório ajudando no Empoderamento feminino, elevando a auto estima da mulher, fertilizando a vida através das suas experiências singulares, o bem-estar e aceitação de si mesma.


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