Brasil e FAO iniciam novo ciclo de cooperação internacional em alimentação escolar na América Latina e no Caribe

Com 80 milhões de estudantes latino-americanos e caribenhos beneficiados durante 14 anos de execução na região, parceria entre Brasil e FAO inicia nova etapa.

Marcando a renovaçāo da parceria, o evento “A alimentação escolar na América Latina e no Caribe: trajetória e perspectivas” apresentará os resultados e impactos da cooperação internacional em alimentação escolar. 

O evento internacional será realizado nos dias 13 e 14 de novembro em Brasília, no auditório da Câmara dos Deputados.

O Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO impulsiona a política de alimentação escolar, a partir da perspectiva do direito humano à alimentação adequada.
Legenda: O Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO impulsiona a política de alimentação escolar, a partir da perspectiva do direito humano à alimentação adequada.Foto: © Vanessa Olarte/FAO.

A cooperação internacional brasileira em alimentação escolar é, há 14 anos, prioridade da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no âmbito da parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a América Latina e o Caribe.

As diversas ações de cooperação em alimentação escolar são inspiradas no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que contribui para o compromisso do Brasil com a erradicação da fome e a promoção da segurança alimentar e nutricional, por meio da alimentação escolar.

O Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO impulsiona a política de alimentação escolar, a partir da perspectiva do direito humano à alimentação adequada, e já beneficiou mais de 80 milhões de estudantes latino-americanos e caribenhos.

Com apoio da cooperação, seis países – Bolívia, Equador, Guatemala, Honduras, Panamá e Paraguai – aprovaram suas leis de alimentação escolar, seguindo o exemplo do Brasil.

Além disso, mais de 30 mil profissionais de diversos países foram capacitados por meio de numerosas ações presenciais e virtuais; mais de nove mil agricultores familiares da região foram incorporados aos programas de alimentação escolar, a partir da inclusão da compra de sua produção para esses programas.

A metodologia Escolas Sustentáveis, fruto dessa cooperação, foi adotada por 23 mil escolas da América Latina e do Caribe, promovendo a cobertura universal da alimentação escolar, hábitos saudáveis, implementação de ações de educação alimentar e nutricional e consumo de alimentos frescos da agricultura familiar.

O processo proposto pela metodologia envolve a articulação regional ao reunir gestores públicos de vários níveis de governo, diretores de escolas, nutricionistas e diferentes profissionais da comunidade escolar dos países da região que se envolveram nesta cooperação.

Evento: “A alimentação escolar na América Latina e no Caribe: trajetória e perspectivas”

Com o objetivo de apresentar os resultados e impactos da cooperação internacional nesse tema, a ABC, o FNDE e a FAO realizam, nos dias 13 e 14 de novembro, o evento internacional “A alimentação escolar na América Latina e no Caribe: trajetória e perspectivas”.

O encontro será no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília, com a participação de representantes de governos de 21 países da região, entre eles, diretores de programas de alimentação escolar, vice-ministros de educação e técnicos.

Um balanço das atividades e conquistas dessa soma de esforços internacionais será apresentado, além de promover o diálogo entre os países sobre os próximos passos na região, com a ampliação das atividades e de países que integram a Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES).

Rede de Alimentação Escolar Sustentável

A Rede, criada em 2018 pelo governo do Brasil com o apoio da FAO, conta atualmente com 21 países. O objetivo é apoiar os países da América Latina e do Caribe na implementação e reformulação de programas de alimentação escolar, na perspectiva do acesso e da garantia do direito humano à alimentação adequada. A iniciativa visa contribuir, ainda, para o alcance das metas da Década de Ação das Nações Unidas sobre a Nutrição (2016-2025) e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Combate à fome e à má nutrição

A alimentação escolar é uma política pública estratégica no combate à insegurança alimentar e nutricional no mundo. Na América Latina e no Caribe, há cerca de 170 milhões de estudantes. Dados da FAO, de 2022, indicam que o atraso no crescimento infantil afeta 5,7 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade na região (11,5%). Além disso, vale recordar que é especialmente prevalente entre crianças cujas mães pertencem à camada de rendimento mais baixa e não receberam educação formal. Similarmente, o excesso de peso afeta 4,2 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade (8,6%), equivalente a 3 pontos percentuais acima da média global.

Com esse cenário, os programas de alimentação escolar oferecem benefícios tais como a melhoria da nutrição e da saúde de milhões de crianças, adolescentes e jovens; a redução da ausência escolar, frequente em crianças provenientes de famílias mais vulneráveis; e a garantia de melhores condições de desenvolvimento cognitivo. Além disso, as políticas de alimentação escolar, associadas às compras locais da agricultura familiar, terão papel central na proposta brasileira de discutir, no âmbito do G20 em 2024, a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Coalizão Global para Alimentação Escolar 

O Brasil atua agora como copresidente da Coalizão Global para Alimentação Escolar, ao lado de França e Finlândia. O anúncio foi feito na primeira Reunião Global da Coalizão para a Alimentação Escolar, nos dias 18 e 19 de outubro último, em Paris, na França.

A colaboração do Brasil com a FAO foi destaque no encontro, tendo sido ressaltada a parceria que culminou na criação da RAES. Por meio desse trabalho, mais de 20 países da região têm tido a oportunidade de aprofundar conhecimentos e trocas de experiências. A proposta do Brasil é a criação de uma nova iniciativa sob a Coalizão, centrada na cooperação internacional, área em que se notabiliza.

Para o governo federal, a criação da RAES deve contribuir para o desenvolvimento futuro de colaborações regionais no que diz respeito à Coalizão para a alimentação escolar. O compromisso assumido é a luta pela erradicação da fome e a promoção da segurança alimentar em todo o mundo, com foco na alimentação escolar. Como copresidente da Coalizão, ao lado de França e Finlândia, o Brasil tem como objetivo alcançar a meta global de garantir que todas as 724 milhões de crianças em escolas primárias no mundo recebam refeições escolares saudáveis até 2030.

Artigo publicado no portal da ONU Brasil no dia 01/11/2023. Você pode encontrar mais artigos sobre esse e de diversos outros temas aqui.


A ONU (Organização das Nações Unidas) é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais.


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